sexta-feira, 30 de julho de 2010

Biografia - Cecília Meireles



A vida só é possível reinventada.
Cecília Meireles
Poetisa, professora, pedagoga e jornalista, cuja poesia lírica é altamente personalista, frequentemente simples na forma, mas contendo imagens e simbolismos complexos, deu a ela importante posição na literatura brasileira do século XX. Cecília Meireles nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 07/11/1901 e faleceu na mesma cidade, em 09/11/64. Órfã desde tenra idade, foi criada pela avó. Começou a escrever poesia aos 9 anos de idade. Tornou-se professora pública aos 16, destacando-se como aluna exemplar. Dois anos depois iniciou sua carreira literária com a publicação de Espectros (1919), uma coleção de sonetos simbolistas.

Embora vivendo sob influência do Modernismo, apresentou ainda em sua obra heranças do simbolismo e técnicas do classicismo, gongorismo, romantismo, parnasianismo, realismo e surrealismo, razão pela aual sua poesia é considerada intemporal. A década de 20 foi uma época de revolução na literatura brasileira, mas o trabalho de Cecília naquele período mostra pouca afinidade com as tendências nacionalistas então em voga, ou com o verso livre e a linguagem coloquial.

Entre 1925 e 1939 dedicou-se à sua carreira docente publicando vários livros infantis e fundando, em 1934 a Biblioteca Infantil do Rio de Janeiro - a primeira biblioteca infantil do país. A partir deste ano ensinou literatura brasileira em Portugal (Lisboa e Coimbra) e em 1936 foi nomeada para a UFRJ, recém-fundada.

Reaparece no cenário poético após 14 anos de silêncio com Viagem (1939), considerado um marco de maturidade e individualidade na sua obra: recebeu o prêmio de poesia daquele ano da Academia Brasileira de Letras. Daí em diante dedicou-se à carreira literária, publicando regularmente até a sua morte. Vários de seus livros são inspirados nas muitas viagens que fez, viagens estas de grande significação, pois a autora extraiu do contato com gente, costumes e idiomas diferentes matéria de melhor compreensão da vida e da humanidade.


Entre os vários livros de poesia publicados pode-se citar: Vaga Música (1942), Mar Absoluto e Outros Poemas (1945), Retrato Natural (1949), Romanceiro da Inconfidência (1953), Metal Rosicler (1960), Poemas Escritos na Índia (1962), Solombra (1963) e Ou Isto ou Aquilo (temática infantil, 1964).


Fonte: http://www.astormentas.com/din/poema.asp?key=5292&titulo=Biografia

* MP3 e Letra - Colar de Carolina

Pablo Picasso - O sonho
Colar de Carolina

poesia de Cecília Meireles


Com seu colar de coral,
Carolina
corre por entre as colunas
da colina

O colar de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.


E o sol, vendo aquela cor
do colar de Carolina,
põe coroas de coral
nas colunas da colina.



Fonte: "Ou isto ou aquilo" - Editora Nova Fronteira, 1990- Rio de Janeiro, Brasil
Paulo Autran declama "Colar de Carolina"




Dércio Marques canta "Colar de Carolina"

* Partitura 3 - Colar de Carolina

Partitura Colar de Carolina

Biografia - Dércio Marques

Dércio Marques

“Sou envolvido com música desde a barriga da minha mãe, que sempre cantou fazendo seus afazeres, podendo dizer que já nasci afinado. Mais velho, descobri que meu pai é descendente de índios guaranis, que também dão muito valor ao som, denominando o ser humano como o som em pé, ou som que caminha. Então o som para mim é algo importante demais”

Dércio Marques


Dercio Marques é violeiro, cantador, intérprete e compositor nascido em Uberlândia, Minas Gerais. Cidadão do mundo, viajante e pesquisador incansável das raízes musicais brasileiras e iberoamericanas (seu pai é uruguaio) tem em sua irmã Dorothy Marques uma das principais parceiras de atuação e produção. Um excelente arranjador, de coração generoso e solidário, participa na produção musical de dezenas de discos de colegas músicos. Um ardoroso defensor da natureza e da cultura popular do Brasil, do bioma cerrado de sua infância em especial, que evoca em diversas de suas canções, acordes, toadas e parcerias.

Seu primeiro disco foi "Terra, vento, caminho." obra em que interpreta canções e poemas de Atahualpa Yupanqui, na ocasião praticamente inédito no Brasil, As Curvas do rio, do hoje célebre violeiro da Bahia Elomar, na época pouco conhecido e de sua própria autoria.

Em 1979, lançou o disco "Canto forte-Coro da primavera". “Fulejo” é um disco belíssimo inspirado na tradição das congadas de Minas Gerais e veio trazendo a público pérolas da música brasileira como Riacho de Areia (Vale do Jequitinhonha), Serra da Boa Esperança (Lamartine Babo), Disco Voador (Palmeira Guimarães), Casinha Branca e Ranchinho Brasileiro(Elpídio dos Santos), Mineirinha (Raul Torres) e Flores do Vale parceria com o poeta João Bá.

O disco "Anjos da Terra", foi uma homenagem à sua filha Mariana e a todas as crianças, gravado em Uberlândia em longo processo de oficinas de música com sua irmã Dorothy e a participação de 240 crianças. Neste álbum está a música “O colar de Carolina”, com letra de Cecília Meireles e música de Dercio Marques.


Fontes: