sábado, 28 de maio de 2011

Pesquisadores japoneses afirmam que cantar faz bem à saúde



Segundo a pesquisa, a prática pode retardar os efeitos de doenças, melhorando a qualidade de vida.

Pesquisadores japoneses afirmam que cantar faz bem à saúde
Segundo a pesquisa, a prática pode retardar os efeitos de doenças, melhorando a qualidade de vida.
imprimir Pesquisadores japoneses descobriram que o hábito de cantar pode trazer benefícios surpreendentes para a saúde. Especialmente para a saúde das pessoas mais velhas, como mostra o correspondente Roberto Kovalick.

Atenção senhores passageiros: vai partir o karaokê sobre rodas! A ordem da comissária é "apertem o cinto, sigam a letra e se divirtam". Todos os dias o ônibus musical sai lotado. Os pontos turísticos de Tóquio servem de inspiração. A maioria dos passageiros tem em torno de 60 anos e muitos são frequentadores assíduos.

"Este passeio me deixa muito feliz", diz a aposentada "quero cantar até o dia em que morrer"

No ônibus ninguém liga se os cantores são afinados ou não. Se a música é um clássico ou brega. O importante é cantar. Um estudo feito em Tóquio mostrou que isso ajuda a combater males ligados ao envelhecimento. Os inventores do karaokê descobriram uma razão científica para soltar a voz.

O estudo foi feito em um hospital que trata idosos com doenças como Alzheimer e senilidade.

O criador do método, Takehiko Akaboshi, de 80 anos, acompanha no teclado. A mulher dele mostra que os instrumentos têm calosidades, que estimulam as terminações nervosas das mãos. E explica que, ao seguir a música, os idosos desenvolvem a coordenação motora.

A professora incentiva os alunos: "Depois dos 60, a gente começa a curvar a coluna. Quando enche o pulmão para cantar, a coluna se ajeita automaticamente".

Um grito de "viva" para animar, o aquecimento das cordas vocais e o ensaio dos instrumentos. Aos poucos, eles vão pegando o jeito. E se transformam num coral afinado e no ritmo.

É um feito enorme: muitos deles não respondiam a estímulos, não sorriam e alguns nem falavam.

A pesquisa feita pelo médico Kazutomi Kanemaru analisou o cérebro de sete idosos com Alzheimer. Só um não teve melhoras. Na imagem, as manchas vermelhas e amarelas são áreas do cérebro que estão funcionando normalmente. Em uma nova imagem, feita oito meses depois, as áreas vermelhas e amarelas ficaram maiores, o que significa que voltaram a funcionar.

O doutor Kanemaru alerta que a música não cura as doenças da velhice, mas retarda os efeitos, melhorando a qualidade de vida.

A turma do ônibus musical não tem nenhuma doença degenerativa. Eles cantam por diversão e prevenção. E se essa cantoria toda incomodar alguém, agora eles têm uma boa desculpa: foi o médico que mandou.

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2010/11/pesquisadores-japoneses-afirmam-que-cantar-faz-bem-saude.html

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Cantar fortalece sistema imunológico


O canto, além de ser divertido, faz bem à saúde e mexe com várias partes do corpo. E mais, quem canta melhora a capacidade pulmonar e o sistema imunológico, fortalece a barriga e alivia o estresse.

O professor Graham Welch, especialista em Educação Musical da Universidade de Londres e pesquisador, diz que o canto ativa o corpo e a mente. Há um entrelaçamento dos sistemas nervoso, endócrino e imunológico, afirma ele.
Cantar é uma atividade física, psicológica, social e musical. Diferentes sistemas modulares no cérebro são usados para lidar com as características musicais do canto, como o tom, o ritmo e as letras, e integrá-las.

O sistema nervoso é responsável pelo ato de cantar. Há também um envolvimento emocional com o som humano, desenvolvido na fase fetal, e um diálogo da pessoa com seu corpo, seu sistema respiratório e os espaços que oferecerá para essa voz soar.

A fonoaudióloga Mônica Montenegro, professora da Universidade de São Paulo (USP) explica que cantar não é só da boca para fora. Todo instrumento tem espaço interno e externo de ressonância, inclusive o corpo. A voz preenche o corpo, a melodia e a letra que escolhemos, diz.

A neurologista Paula Viana Wackermann, que desenvolveu pesquisa pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, em São Paulo, com cantores líricos, diz que a atividade induz a um estado de prazer. O nível de cortisol (hormônio do estresse) fica reduzido, não importando se a pessoa é afinada ou não. E a sensação de bem-estar é aumentada pelo efeito sociopsicológico de fazer música como parte de um grupo, completa.
A pessoa que canta mesmo que sozinha, acompanhando um CD ou iPod, sente os benefícios da atividade. Cantar em karaokê também ajuda no equilíbrio com o corpo.

A cantoria ativa os sistemas cardiovascular e respiratório. O aumento da ventilação e da capacidade pulmonar melhora o condicionamento físico e mental. Os músculos abdominais ficam fortalecidos e os faciais, tonificados. Estudos sugerem que cantores têm sistema de defesa melhor.

Por tudo isso, solte a voz!

Fonte: http://www.corposaun.com/cantar-sistema-imunologico/14658/